Nas
lembranças de um tempo áureo e produtivo da Fitema, Enéas recorda que a fábrica
foi criada para ser uma das maiores do Estado e uma das mais arrojadas do
Nordeste.
Durante o
funcionamento da Fitema, de 1948 a 1970, Enéas conta que a cidade de Mossoró
foi uma das principais exportadores de rede do Nordeste para outros Estados
brasileiros. Na época, a Fitema estimulou, com o fornecimento dos fios para as
redes, ao aparecimento de cinco empresas ligadas à produção de redes como a
Juvino Irmãos e Cia. M e Lúcio e Cia; M. Herculano e Cia.; Lucas Pires e Cia. e
a maior das cinco, Tecelagem Santo Antônio S/A, que tinha uma produção de 200
redes/dia.
Na cidade
inteira, cerca de 300 famílias trabalhavam com a confecção das redes, que
produziam cerca de 900 empregos diretos. Com o declínio da Fitema na década de
70, as empresas maiores de tecelagem e as famílias que adquiriam a
matéria-prima para a produção de redes em casa acabaram fechando.
"Toda
essa produção era disputada em Mossoró e daí porque a Sudene ao saber do dessa
potencialidade ficou surpresa diante da atuação da fábrica. Depois que tomaram
a Fitema os artesões pequenos e grandes iam buscar fios e voltavam de mãos
abanando", recorda ele, que hoje prepara um livro com o título ‘A
comercialização e industrialização do algodão na zona oeste do RN’, que fala
também da atuação da Fitema nas décadas de 50 a 70 em Mossoró.
FONTE – O MOSSOROENSE
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