Com a vida marcada pelo empreendedorismo, Enéas
criou vários empregos na cidade e influenciou o desenvolvimento econômico da
região através da Fitema, fundada em 1950, mas foi vítima de um jogo de
interesses que acabou transferindo o controle acionário da empresa para um
grupo paulistano. Com isso, a indústria fechou e deixou os funcionários sem
seus direitos trabalhistas, que somavam R$ 700 mil atualizados.
"A Morangaba Industrial S/A usou as
instalações da Fitema, funcionando 24 horas por dia na produção exclusiva de
sacaria para cereais que eram remetidos para São Paulo. Dentro de 6 (seis)
meses, sem pagar aos operários, fechou a fábrica", relatou Enéas em seu
primeiro livro.
"Quando papai deixou a Fitema, estava tudo
funcionando plenamente, com todos os funcionários, a maquinaria completa,
totalmente estruturada", relatou Regina Coeli, filha do empresário.
Há pouco tempo, em conversa com alguns antigos
operários da fábrica, Enéas os incentivou a lutarem por seus direitos, e no
último dia 23 de novembro, menos de um mês antes da morte do empresário, eles
tiveram seu problema trabalhista resolvido com o leilão realizado pela
Justiça do Trabalho, que vendeu a empresa por R$ 900 mil.
LEMBRANÇAS - Uma história contada pela filha
Verônica emociona a família. Ainda criança, ela via o pai sair todos os dias
de casa com destino à Fitema, e logo percebeu quando ele deixou de ir.
"Meu pai sempre foi muito otimista, nunca foi de transmitir as coisas
ruins que aconteciam com ele. Então, aquilo me chamou a atenção. E eu perguntava:
'Pai, por que o senhor não vai trabalhar hoje?'. Ele sempre inventava
uma desculpa, dizendo que era folga ou que era feriado, mas eu sempre
escutava as máquinas funcionando
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FONTE – O
MOSSOROENSE
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