segunda-feira, 3 de julho de 2017

ENEAS DA SILVA NEGREIROS, FUNDADOR DA FITEMA



Faleceu no 12 de dezembro de 2005  (sábado), depois de 12 anos convivendo com um câncer na próstata, o empresário Enéas da Silva Negreiros, fundador da Fiação e Tecelagem de Mossoró S/A (Fitema). Autor de dois livros - "Memórias de um amazonense radicado em Mossoró (1997)" e "Cultura, Comercialização e Industrialização do Algodão na Zona Oeste do Rio Grande do Norte (2002)", ele deixou 10 filhos, 31 netos e nove bisnetos.
Nascido em 29 de abril de 1911, também participou da fundação da Fábrica de Redes Santo Antônio, do Rotary Club de Mossoró, do Centro das Indústrias do Rio Grande do Norte, da Rádio Difusora de Mossoró e do Clube Reviver, foi diretor-presidente da Companhia de Melhoramentos de Mossoró S/A (Comemsa) e da Empresa de Serviços Telefônicos (Sertel), além de ter participado de diversas outras entidades.
Em vida, Enéas costumava contabilizar a idade considerando até os meses. "Ele morreu com 94 anos e oito meses. Sempre dizia assim: 'depois dos noventa a gente conta os meses, é igual a criança'", contou a filha Regina Coeli Negreiros.
Segundo relatado por ela e suas irmãs Emília Verônica, Odinéia, Sílvia e Eneide, seu pai era um homem muito religioso, católico praticante, que declamava, a todo momento, o salmo 90. "Ele sabia decorado. E também citava outras passagens bíblicas, principalmente do São Mateus", disse Verônica. Ele acordava, todos os dias, às 4h para ler a Bíblia Sagrada, fazer suas orações e aguar suas plantas.
Completamente lúcido, Enéas tinha o espírito muito "jovem", de acordo com a avaliação das filhas. "Ele era um homem que acompanhava as gerações, não se deixava levar por uma forma de vida imposta pelo tempo", disse Regina.
Uma qualidade citada por todas as filhas entrevistadas foi a capacidade do empresário de ouvir. "Ele não impunha nada, gostava muito de ouvir e dialogar. Sempre tinha um posicionamento próprio sobre as coisas, mas gostava de ouvir a opinião dos filhos", contou Odinéia.
No meio de tantas histórias contadas pelas filhas, uma chama atenção. Segundo Verônica, todos os dias, quando ela e Odinéia ainda eram crianças, Enéas as acordava às 5h, chamando-as de "meus passarinhos". Os três ficavam no jardim da casa conversando e tomando banho de mangueira. "Quando a gente cresceu, ele passou a nos chamar de antúrios (uma espécie de planta muito presente na residência). Ele nos molhava com a mangueira e dizia que estava aguando seus antúrios", relatou Verônica, emocionada.
O empresário gostava muito de poesia e fazia pequenos poemas e canções todo o tempo, para todas as ocasiões. Os filhos e a esposa, Maria Odinéia de Negreiros, de quem esteve ao lado por 60 anos, são temas constantes em seus versos.
FONTE – O MOSSOROENSE

2 comentários:

  1. Foi um grande homem. Deixou uma prole enorme é bem educada. Mossoró deve muito a ele.

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  2. Grande homem era primo do meu avô Raimundo pimenta,tinha uma fazenda chamada nova Olinda onde sempre estava nas férias,era muito simpático.

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